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sábado, 22 de junho de 2013

Futebol e a Globalização

Academia do Zico

ZICO SOCCER CAMP 2013 from Zico Academy on Vimeo.

FUTEBOL ARTE Dribles Sensacionais

Braga garante Miljkovic por quatro épocas



O Sp. Braga garantiu a contratação de Aleksandar Miljkovic por quatro épocas. Trata-se de um lateral direito sérvio, de 23 anos, que chega ao clube minhoto a custo zero, depois de ter terminado contrato com o Partizan de Belgrado. Curiosamente defrontou os minhotos na Champions 2010/11.

Aleksandar Miljkovic cresceu, de resto, no Partizan, onde cumpriu praticamente toda a formação. Na transição para os seniores foi emprestado ao Teleoptik e ao Metalac, regressando depois para se impor no Partizan. No currículo traz quatro títulos de campeão sérvio e duas Taças da Sérvia.

«É um dia muito feliz para mim e um orgulho representar um clube com a dimensão do Sp. Braga. Sou um jogador ambicioso e venho fazer parte de uma equipa com muita ambição», disse o jogador de 23 anos ao site oficial clube.

http://www.scbraga.pt/news/futebol/miljkovic-e-gverreiro-do-minho-por-4-epocas

Futebol

Mundial Sub-20: Portugal derrota Nigéria por 3-2 na estreia | Notícias Selecção | Futebol 365

Nélson Oliveira passou de promessa a realidade para a FIFA :: zerozero.pt

sexta-feira, 21 de junho de 2013

José Mourinho - The Happy one

Periodização Táctica

O que é Periodização Tática? No século XX, com a influência das modalidades individuais emergiram várias formas de periodizações. Faria (1999) salienta que estas periodizações foram concebidas com base no ciclo olímpico representavam um período de quatro anos de treinos. Periodizar significa dividir, organizar numa lógica temporal (períodos) todas as especificidades de determinada modalidade, que em alguns casos são voltadas mais para aspectos analíticos (isolados) com base nos pressupostos condicionantes e coordenativos, visando determinados objetivos nos ciclo competitivo. Contudo, com o passar do tempo, com a evolução das metodologias e métodos de treino houve um reflexo direto na forma como as equipes se apresentavam em campo. De estruturas mais fixas e rígidas as organizações estruturais passaram a apresentar-se de forma mais dinâmica, tudo influência dos métodos recentes de treino. Estes métodos acompanharam, por arrasto, novas descobertas científicas oriundas de outras áreas pelas quais podemos destacar a Teoria Geral dos Sistemas, a Teoria da Informação e Cibernética, Teoria do Caos, Gestalt, Teoria dos Fractais, Teoria das Estruturas Dissipativas, Abordagem Ecológica aliada ao pensamento holístico e complexo. Estas abordagens, um tanto quanto recentes, começaram a influenciar outras ciências e a forma como se planificava o treino e a sua operacionalização. O treino começou a ganhar um cariz dinâmico e “integrado”, isto é, com a inserção da bola diretamente como aspeto fundamental em toda a preparação do jogador. Porém, este método integrado continuava com um forte viés analítico, onde eram trabalhados, sobretudo, de forma isolada as diferentes dimensões fundamentais do jogo que são as dimensões físicas, técnicas, táticas e psicológicas. Este pensamento recente, na forma como se pensa a vida, começou provocar influência direta na sociedade e no treino começando a ganhar adeptos. Estes, ao perceberem a integridade do jogo sob um cariz sistêmico (que abrange todas as ideias supracitadas), iniciaram uma planificação de cariz exploratório onde, na sua principal senda, se encontrava a preservação da realidade do jogo no treino. Isto é, se o jogador joga o jogo e só através dele é que se obtém performance desejada, é através deste mesmo jogo é que se deve preparar o jogador para o seu melhor rendimento. Uma forte analogia destas considerações é nos passada por Mourinho (2003 cit. por Oliveira et. al, 2006) ao citar que um pianista que vai tocar piano ao se preparar não corre em volta do piano. Assim, se encontrou através do Jogo e da preparação no treino através desta especificidade uma forma de treinar que preserva a sua integridade e, por conseguinte, a sua riqueza. Este é um pressuposto básico da Modelação Sistêmica, ou Periodização Tática. O segundo pressuposto básico desta mesma periodização é que todo o processo do treino é balizado pela supradimensão tática. Isto é a tática é a base de todo o treino, entretanto, junto com todas as outras dimensões. Considerar só a dimensão tática por si é uma forma de pseudo holismo, desta forma, a dimensão tática é aprimorada junto com a técnica, com o físico, com o psicológico e etc. O terceiro pressuposto desta Modelação se perfaz pelas características do próprio processo de Modelação. Este processo (entenda-se em constante construção) é o que origina toda a base ideológica desta periodização, que é o treino através do jogo inserido num determinado Modelo de jogo. Este Modelo de jogo é o casamento da ideia do treinador com a cultura de todos os envolvidos, num processo dialético e heurístico onde todas as nuances da ideia do treinador são colocadas no jogo numa relação internacional com o contexto (representado pela cultura do clube, cultura dos jogadores, dos outros membros da comissão e etc.). Nesta construção sistêmica, todo o treino e a sua operacionalização para se alcançar determinados patamares de rendimento são guiados por Princípios Metodológicos. E, por conseguinte, os jogadores são guiados por Princípios Conceituais que são popularmente conhecidos por Princípios de Jogo, assim podemos salientar a Concepto-Metodologia da Periodização Tática. Estes Princípios de jogo, no processo causal, refletem toda a planificação prévia que dá a luz a intencionalidade do processo que conjetura a Especificidade (com «E» maiúsculo) da Equipe. Nesta Especificidade é que o treinador baliza todo o seu processo de planificação e gestão do rendimento da equipe em semanas, isto é, de jogo a jogo (se ocorrer de domingo a domingo), num morfociclo semanal padrão. E todo o exercício no treino é balizado por estas ideias assim como todas as ações no jogo. Desta forma, tendo esta «ideia» edificadora, este estilo base dá a equipe uma «identidade». Esta periodização desenvolvida pelo Prof. Vítor Frade da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto – Portugal em meados da década de 1970 do século passado, apresenta-se com uma lógica muito recente a ser explorada, como uma quebra de paradigma, que ainda é muito discriminada aqui no Brasil, por justamente mexer com pressupostos básicos e históricos da nossa forma de treinar, ainda bastante balizada em pressupostos analíticos, mecanicistas e behavioristas. Esta periodização não é a única, mas apresenta-se como mais uma forma de se treinar dentre as infinitas formas de treinar e se preparar o jogo. É uma periodização que vem ganhando adeptos de tempos em tempos, mas que ainda tem muito para dar ao futebol e contrariar a lógica de Coubertin onde ir mais longe, mais alto e ser mais forte é sinônimo de vitória e, não basta muito raciocínio para se contrariar em parte este nexo inserido no futebol, pois senão as equipes de futebol seriam repletas de maratonistas quenianos, jogadores de basquetebol e Schwarzenegger enquanto o pequeno Messi contraria tudo e a todos. Desta forma podemos definir a Periodização Tática ou Modelação Sistêmica como: “… uma decomposição do fenômeno Jogo/complexidade, articulando-o em Ações também elas complexas, Ações comportamentais de uma determinada forma de jogar [Modelo de jogo/Modelo de complexidade]. Esta articulação surge em função do que se pretende ver instituído – um conceito de Ações intencionais, uma Cultura de jogo e por consequência uma adaptação Específica que é a Tático-Sistêmica [entendida como Cultura], arrasta consigo aspetos de ordem técnica, física e psíquica. Este conceito reclama para si o respeito pelo Princípio da Especificidade e da Estabilização, tendo em vista a obtenção de «Patamares de Rendibilidade»” (Faria, 1999, p.47). A Periodização Tática consiste no tempo e no como é gasto na construção de um jogar que o Treinador pretende. Não é uma teoria do Treino. Assume-se numa nova conceção de jogo e, portanto, de Treino na qual a Especificidade dinâmica da construção dos acontecimentos lhe dá uma singularidade que o Treinador tem de contemplar para conseguir o seu jogar” (Marisa, 2008). Já Pivetti (2012, p. 37) salienta que “…o intuito é distribuir temporalmente as unidades de Treino de maneira Não-Linear à aquisição do Modelo de jogo desejado [Periodização], tendo como primazia a exercitação Tática como «modeladora do processo» [Tática]”. Trabalho realizado por: Rodrigo Almeida - 27/02/2013 Referências Bibliográficas Almeida, R. (2009). O «Equilíbrio Dinâmico» Estrutural em Organização Ofensiva no Futebol: A Organização Estrutural e suas diversas «Formas» «Ar-ti-cu-la-das» pela «linguagem Específica» da Equipa. Não publicado. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Amieiro, N. (2005). Defesa à Zona no Futebol. Um pretexto para reflectir sobre o «jogar»… bem, ganhando! Porto: Gráfica Maiadouro. Araújo, D. (Org.) (2005). O Contexto da Decisão. A acção táctica no desporto. Lisboa: Visão e Contexto Editora. Atlan, H. (2006). A organização biológica e a teoria da informação. 3ª Ed. Lisboa: Instituto Piaget. Campos, C. (2007). A Singularidade da intervenção do Treinador como a sua «Impressão Digital» na… Justificação da Periodização Táctica como uma «fenomenotécnica». Monografia não publicada. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Carvalhal, C. (2002) No treino de rendimento superior a recuperação é… Muitíssimo mais que “recuperar”. Lisboa: Federação Portuguesa de Futebol editora. Castelo, J. (1994). Futebol. Modelo técnico-táctico do jogo. Identificação e caracterização das grandes tendências evolutivas das equipas de rendimento superior. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana Ed. Castelo, J. (Ed.) (1996). A Organização do Jogo. Como entender a organização dinâmica de uma equipa de futebol e a partir desta compreensão como melhorar o rendimento e a direcção dos jogadores e da equipa. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana Ed. Cruyff, J. (2009a). El ‘Estilo Barça de Espanha. Barcelona. Jornal El Periódico. Publicado em 16 de Novembro de 2009. Faria, R. F. (1999). Periodização Tática. Um imperativo Conceptometodológico do Rendimento Superior em Futebol. Monografia Não Publicada. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Frade, V. (1990) A Interação Invariante Estrutural da Estrutura do Rendimento do Futebol, como Objecto de Conhecimento Científico. Uma proposta de Explicitação de Causalidade. Projeto de Doutoramento. Não Publicado. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto da Universidade do Porto. Gaiteiro, B. (2006). A Ciência oculta do sucesso! Mourinho aos olhos da ciência. Monografia Não Publicada. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade do Porto. Garganta, J. (1997). Modelação da Dimensão Táctica de Jogo de Futebol. Estudo da organização da fase ofensiva em equipes de alto rendimento. Dissertação de Doutorado não publicada. Porto: Faculdade de Desporto Universidade do Porto. Garganta, J.; Grehaigne, J. F. (1999). A abordagem sistêmica do jogo de futebol: moda ou necessidade? In Revista Movimento. 5 (10) 1. Garganta, J. (2005). Dos constrangimentos da acção à liberdade de (inter)acção, para um futebol com pés… e cabeça. In: Araújo, D. (Org.) (2005). O Contexto da Decisão. A acção táctica no desporto. Lisboa: Visão e Contexto editora. Greco, P. (2006). Conhecimento Técnico-Táctico: O Modelo Pendular do Comportamento e da Acção Tática nos Esportes Colectivos. Revista Brasileira de Psicologia do Esporte e do Exercício. pp. 107-129. Guilherme Oliveira (2004). Conhecimento Específico em Futebol. Contributos para a definição do processo ensino-aprendizagem do jogo. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Koslowsky, M. (2008). Caracterização de Domínios Específicos e Não-Específicos de Prática na Aprendizagem do Futebol. Estudo comparativo entre atletas de futebol de categoria júnior em Portugal e Brasil. Não publicado. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Laborit, H. (1971). O Homem e a Cidade. (A. P. Salvação, Trad.). Lisboa: Publicações Europa-América. Lopes, M. A. (2005). A construção de um futebol. Que preocupações na relação treino-hábito dentro de uma lógica de Periodização Táctica/Modelização Sistémica?. Monografia não publicada. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Maciel, J. (2011). Não o Deixes Matar. O Bom Futebol e Quem O Joga. O Futebol Adentro Não é Perda de Tempo. Lisboa: Chiado Editora. Marisa, G. (2008). O Desenvolvimento do Jogar, segundo a Periodização Táctica. Colecção Preparação Futbolística. Pontevedra: MCsports Editora. Martín, C. T. (2005). La teoria dos sistemas dinámicos y el entreinamiento deportivo. Tesis doctoral. Barcelona: Universitat de Barcelona. Morin, E. (1977). O Método I – A Natureza da Natureza. (Bragança, M. Trad.). Sintra: Publicações Europa – América. 2º Edição. Morin, E. (1980). O Método II – A vida da Vida. (Bragança, M. Trad.). Sintra: Publicações Europa – América. 3º Edição. Oliveira, B.; Amieiro, N.; Resende, N. & Barreto, R. (2006). Mourinho: Porquê tantas vitórias? Lisboa: Gradiva Editora. Pivetti, B. (2012). Periodização Tática. O Futebol-arte alicerçado em critérios. São Paulo: Editora Phorte. Silva, M. (2011). Perspectiva e crítica sobre o treino no futebol nos últimos 30 anos. Prática(s), teoria(s) e alguns equívocos. 3º Congresso Internacional de Jogos Desportivos. Tamarit, X. (2007). Que és la Periodizacion Táctica. Vivenciar el juego para condicionar el juego. Pontevedra: MCsports Editora. Periodizacao Tactica e Treino de jovens